A Cultura da Iniciativa Liberal

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Para os liberais não há nada mais importante do que a liberdade individual, pois acreditamos na capacidade racional do indivíduo naquilo que é a busca pela sua felicidade, pela sua realização e propósito, pela sua autonomia e autodeterminação, pelos seus valores e desígnios da sua existência. A defesa dos direitos individuais conduz-nos ao respeito e à convivência pacifica com a liberdade do outro, assim como a liberdade praticada com responsabilidade e ética conduz-nos a um mundo mais tolerante, humanista e mais consciente.
Baseado neste pressuposto, a cultura da Iniciativa Liberal assenta em sete pilares fundamentais, que determinam a nossa acção e visão perante a sociedade.

I – Cultura de Liberdade:
A cultura da liberdade nasce como oposição à cultura da segurança, do medo, ou mais recentemente da emergência, exactamente porque reconhecemos que os períodos históricos baseados no medo conduziram à perda da autonomia dos indivíduos, retirando-lhes direitos individuais, e colocando-os aos serviço daquilo que é entendido pelo pensamento colectivista como o bem-comum – que acredita, essencialmente, na anulação do indivíduo em prol do “bem maior” do colectivo. Porém, para nós liberais, o dito bem-comum só pode ser atingido com o fortalecimento da autonomia e da felicidade individual. A cultura de Liberdade é também uma cultura de resistência, de esperança e de convicção nos valores liberais, que no passado conduziram à queda das monarquias absolutistas, e que hoje é manifestada pela luta exigente na defesa da liberdade, responsabilidade, civilidade, prosperidade e igualdade.

II – Cultura de Ambição:
Diametralmente oposta à cultura do conformismo, procuramos inspirar os portugueses a almejar mais, a ambicionar um país a par de tantos outros na Europa. Um país capaz de dar resposta aos desafios que enfrentamos na saúde, na habitação, na mobilidade, na economia, na justiça e no ambiente, ao mesmo tempo que cria as condições necessárias ao êxito dos cidadãos. A ambição que nos move é proporcional à nossa coragem em apresentar reformas estruturais para o país e que irão, se implementadas, invariavelmente, conduzir-nos ao progresso e prosperidade.

III – Cultura de Mobilismo:
A cultura do mobilismo anda de mão dada com a cultura de ambição, pois não há ambição sem iniciativa. Tal como Joel Barker afirmou: “Uma visão sem acção não passa de um sonho. Acção sem visão é só um passatempo. Mas uma visão com acção pode mudar o mundo.”. A cultura do mobilismo potencia os cidadãos como agentes de mudança e criadores de oportunidades, produzindo assim sociedades vibrantes e dinâmicas, onde é valorizada a vida partilhada e o bem-estar de todos.

IV – Cultura de Mérito:
A meritocracia é um modelo baseado no mérito individual por oposição à cultura do compadrio e nepotismo que tanto tem caracterizado a acção política portuguesa. Os liberais não se preocupam com a lotaria genética dos cidadãos, mas sim com o mérito que demonstram no seu percurso, devendo ser este o instrumento que alavanca o elevador social.

V – Cultura da Desconfiança Saudável do Poder:
A desconfiança saudável do Poder é, a par de outros, um mecanismo que garante o escrutínio e a transparência, nomeadamente sobre a res publica (a coisa pública). Esta cultura de desconfiança opõe-se à cultura da obediência, à confiança cega no poder político que, por demasiadas vezes leva-nos ao abuso de poder.

VI – Cultura da Responsabilidade:
A cultura da responsabilidade nasce por oposição à cultura da impunidade. Para nós, liberais, a liberdade anda sempre a par da responsabilidade, porque a primeira – a liberdade – implica uma capacidade de autonomia de escolha, baseada num conjunto de valores e circunstâncias que pertencem, quase sempre, à esfera individual. Neste sentido, todas as nossas decisões, livres, estão interligadas com a responsabilidade que detemos sobre as mesmas e que, naturalmente, têm um impacto na vida e liberdade do outro.

VII – Cultura da Verdade:
A cultura da verdade consolida todos os pilares anteriores, pelo que nasce em oposição à cultura da propaganda. Para nós é fundamental apresentar uma mensagem responsável, baseada na verdade, orientada para a resolução eficaz dos problemas recorrendo a factos ao mesmo tempo que desmonta as narrativas falaciosas tantas vezes impostas à sociedade.
A cultura liberal é uma cultura que inspira ambição e um sonho de mudança. Um sonho de um país mais livre, mais próspero, mais digno e capaz de dar asas aos sonhos e ambições dos portugueses.

Marta Von Fridden
Coordenadora do Núcleo Territorial de Viana do Castelo da IL

(*) Não segue o novo acordo ortográfico

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