Azul Instantâneo, de Pedro Vale.

Opinião de Paulo Landeck
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Aqui vai uma pequena viagem pela poesia de azul livre do poeta e professor natural de Moreira de Cónegos (a residir no Funchal), Pedro Vale. O seu primeiro livro resultou de posts no Facebook. Boa semana. Abraço!

“Do Polaroid azul facebookiano, instantâneos de espanto semi-alheado percorrem livre pensamento de quem é convidado a sentar na pedra lisa. “Cada um é como cada qual”, no reinventado anonimato. Perdida inocência, libertam-se fúrias dos vendavais, e lágrimas vazadas à barra. Por vezes…contam os vagarosos gestos normais.Essencial, é a mistura da brisa com floral fragância.

Melodias. No alto do prédio, andorinhas viscerais fazem lamacento ninho para uma menina. Lá em baixo, a espátula raspa um sorriso perdido, sem ecos nem ais. Estranhas leituras. Liberdade.Pensamento interrompido. – Offline. – Dendrites anseiam onírico azul. Inventa instantâneos, risca o mestre e salva o discípulo. Ironing my own shirt now. Dizem-me que vincada rectidão é loucura, quando há falha renal evidente. Demência. Não sacrifiques a tua consciência, o postal somos nós. Rush hour already gone…now breathe! Bloomberg familly, that’s anotker kind of freedom. Silêncio não cotado nos mercados é a beleza das plumérias.

Para teu coração apertado, Cenote Dos Ojos abre portal ao paraíso. Mergulho pela tua acqua pura. Da fonte nocturna jorram tortuosas melancolias. Como declinar rara beleza de olhos abertos por alma cerrada!? Mapas e farrapos brincam com luz variante. Cada um é como cada qual. Vale o que o Pedro oferece.”