Câmara Municipal e Bombeiros Voluntários avançam com grupo de trabalho para construção de novo quartel
O Presidente da Câmara Municipal de Viana do Castelo e o Presidente da Direção da Associação Humanitária dos Bombeiros Voluntários assinaram um protocolo de colaboração para a constituição de um Grupo de Trabalho para Construção do Novo Quartel Bombeiros Voluntários.
De acordo com o protocolo, o documento foi assinado “face às atuais e reconhecidas insuficiências das atuais instalações e espaço adjacente da Associação Humanitária dos Bombeiros Voluntários de Viana do Castelo para garantir as atividades, funcionamento e missão dos Bombeiros Voluntários de Viana do Castelo”.
O Município de Viana do Castelo e a Associação Humanitária dos Bombeiros Voluntários indicarão no prazo de quinze dias, após assinatura deste protocolo de colaboração, um representante para o Grupo de Trabalho. O grupo terá como incumbência o estudo e identificação da melhor localização do terreno para a instalação de um novo quartel.
Caberá ao grupo também a identificação e proposta do modelo de financiamento da aquisição/ cedência terreno e modelo de financiamento da construção do novo Quartel dos Bombeiros Voluntários, tendo em conta Orçamento Municipal, o Plano de Recuperação e Resiliência e o novo período de programação comunitário Portugal 2030.
Por fim, o Grupo de Trabalho apresentará um relatório até ao final de dezembro de 2021 ao executivo municipal e à direção da AHBVC com as propostas de localização, modelo de financiamento e programa de trabalhos a implementar.
Fundada a 15 de maio de 1881, a corporação de voluntários surgiu depois de, em 23 abril do mesmo ano, um grande incêndio ter deflagrado num armazém de enxofre que continha 1.016 sacas daquele produto e uma porção de urze seca, que servia para a estivagem de navios.
Conforme a história dos Bombeiros Voluntários descreve, ao grande incêndio de abril de 1981 “compareceu a Companhia de Bombeiros Municipais com os respectivos aparelhos, quase todo o Regimento de Infantaria 3, muitos guardas da fiscalização externa, e outras pessoas que, sob as ordens imediatas das autoridades, também presentes, principiaram a combater o incêndio, que ameaçava tomar enormes proporções”, mas “os vapores do enxofre a arder espalharam-se de maneira tal que sem o risco de asfixia fulminante ninguém se podia aproximar”.
Assim, “no dia 29 daquele mês, vários cavalheiros da cidade, a fim de combinarem nos meios a adotar para a organização de um corpo de bombeiros voluntários, reuniram-se na casa da Associação Comercial”. Depois, no dia 15 de maio, pelas 11 horas, realizou-se nas instalações do Liceu uma reunião, que foi presidida pelo Governador Civil, Boaventura José Vieira. “Foi apresentado o projeto de estatutos, que foi aprovado, e logo ali foi aberta inscrição de sócios das diversas categorias em que se dividia a Associação”.