DIRETOR DA ETAP – ESCOLA PROFISSIONAL NAS JORNADAS PEDAGÓGICAS DA ASSOCIAÇÃO NACIONAL DAS ESCOLAS PROFISSIONAIS

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O Diretor da ETAP – Escola Profissional, que exerce as funções de Presidente da Direção da Associação Nacional de Ensino Profissional, Dr. José Luis Presa, conjuntamente com o Secretário de Estado da Educação, Dr. João Costa e o Presidente da Câmara Municipal de Cuba no distrito de Beja abriram hoje as Jornadas Pedagógicas subordinadas ao tema Educação, Formação e novos paradigmas metodológicos.

Na cerimónia participaram igualmente o Presidente da Comissão Executiva do POCH, a Vogal da Comissão Diretiva da ANQEP, a Representante da DGESTE dentre outras individualidades.

Na oportunidade o Dr. José Luis Presa enquadrou esta atividade referindo:

As Escolas Profissionais têm desempenhado um papel crucial na valorização dos recursos humanos das regiões onde estão inseridas.

As respostas educativas e formativas têm em vista dar resposta às necessidades do tecido económico e social, mas deveriam dar satisfação aos centros de interesse vocacionais dos alunos mas, nesta matéria, ainda há um longo caminho a percorrer.

As Escolas Profissionais têm atrás de si uma história de 30 anos de serviço público de educação e formação. Consideram-se organizações aprendentes, cientes de que os ganhos em educação e formação são fundamentais para o progresso económico e social do país e para a afirmação cidadã dos nossos jovens.

Importa que, num tempo em que o número de alunos, por força da redução da natalidade, está em plano descendente, se tenha em conta que as fileiras do ensino profissionalizante têm que aumentar.

Importa que se tenha em conta que os países mais avançados, económica e socialmente da Europa e da ECDE são os que mais apostam nas qualificações e Portugal não pode ficar para trás.  

Importa que saiba que as escolas profissionais, mesmo as situadas nas regiões mais periféricas, desempenham um papel central como motores da economia local, cabendo-lhes especializar-se e dar resposta às necessidades evidenciadas pelos agentes económicos e sociais em cada, município, comunidade intermunicipal e em cada região.

Como todos sabemos, que temos pela frente grandes desafios, como o combate ao abandono e insucesso escolar, mas também todos sabemos, ou devíamos saber, que a melhor forma de evitar as desistências é facultar-lhes percursos de educação e formação com significância efetiva e bem ligados aos seus interesses vocacionais.

Se os alunos não tiverem a necessária motivação para a frequência do curso, quer seja científico-humanístico, quer seja profissional, não se podem esperar milagres e o normal é que registem percursos de insucesso e, consequentemente, fenómenos de exclusão social.

Como responsáveis pela organização da formação temos que ter a preocupação de desenhar percursos de sucesso. Temos que formar os nossos alunos, como profissionais e como cidadãos, com respeito pela sua individualidade e os ritmos diferenciados de aprendizagem.

Temos que assegurar uma boa ligação às empresas com as quais interagimos na organização da formação em contexto real de trabalho, 

Temos que tirar partido das parcerias transnacionais e particularmente do Programa ERASMUS pelo que acrescentam em saberes e competências que lhes ficam para a vida.

Temosque assegurar que não hajam entraves, sem qualquer sentido, no prosseguimento de estudos dos nossos alunos no ensino superior.

As tarefas são múltiplas importando avaliar os riscos, designadamente, os que decorrem da baixa natalidade, mas, também, aproveitar as oportunidades designadamente as que decorrem do estabelecimento da meta de colocarmos 50% dos alunos do ensino secundário, em percursos qualificantes.

De acordo com o INFOESCOLAS, estávamos no patamar dos 32% de alunos que, no tempo próprio, frequentavam cursos profissionais e, por isso, temos muito que crescer para atingirmos esse objetivo. 

A ANESPO reconhece que o atual executivo deu contributos importantes para se desbloquearem algumas situações que contendiam com o seu normal funcionamento, designadamente, a reprogramação dos fundos europeus e estamos em crer que o Governo sabe que pode contar com as escolas profissionais.

Subsiste, como bem sabemos a necessidade de corrigir algumas gritantes injustiças que tiveram origem no governo anterior e foram justificadas com a crise, designadamente, as relacionadas com:

mas acredito que em diálogo, como sempre aconteceu, encontraremos, uma solução atempada, justa e equilibrada. 

Estamos, na ANESPO, ligados a um compromisso “Apostar na qualidade e nas práticas disruptivas”e elegemos a inovação pedagógica e à aposta na qualidadecomo sendo os principais pilares da atuação das escolas profissionais.

Por isso, propomo-nos: 

Queremos: 

Esperamos que o Ministério da Educação, partilhe connosco o júbilo dos 30 anos que levamos de atividade em prol da educação e formação e temos a expectativa de que seja reconhecida a trajetória das escolas profissionais, as suas práticas inovadoras e os contributos para o sucesso educativo pondo em relevo o percurso das escolas profissionais no passado e no presente, mas, especialmente, no futuro.

Importa igualmente ter presente que estamos o início de uma nova caminhada que vai entroncar na transição para um novo período de programação que abarcará a quase totalidade da próxima década e, por isso, não podemos deixar de ter uma visão clara e essencialmente prospetiva do caminho que queremos trilhar.

As Jornadas Pedagógicas que a ANESPO realiza neste município de Cuba, bem no coração do Alentejo, sob o tema da “Educação, Formação e Novos Paradigmas Metodológicos” envolvem umimportante leque de individualidades que nos vão ajudar a refletir sobre as temáticas dasobre as “Perspetivas e desafios da Educação e Formação em Portugal numa perspetiva de futuro. Vamos também refletir sobre a “Europa das qualificações”, a “Mobilidade transnacional, como fator de sucesso pessoal e profissional e sobre a “flexibilidade curricular no contexto do ensino profissional”.

Queremos discernir sobre as “Dinâmicas formativas e ligação com o mundo do trabalho” sobre a “educação e formação e os desafios do mundo digital” e, bem assim, sobre a “aposta na qualidade dos Projetos Educativos e o alinhamento com o EQAVET.

Queremos que estas Jornadas sejam um ponto de partida para a introdução de mais percursos de inovação pedagógica e de mais práticas disruptivas por forma a que as escolas profissionais continuem a ser os faróis da educação e formação em Portugal.

A ANESPO e as escolas profissionais querem continuar a apostar nos projetos pautados pela flexibilidade, pela qualidade e pela inovação.

As Escolas Profissionais apelam à racionalização e maximização dos meios disponíveis os quais têm que ser potenciados e consistentes com as novas exigências e com os desafios do futuro.

Saiba Senhor Secretário de Estado e demais individualidades que as escolas profissionais têm, atrás de si, uma história de sucesso e que querem potenciar essa história esperando que sejam os referenciais das Escolas do futuro.

Muito obrigado a todos.