Executivo aprovou documento de prestação de contas

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Despesa corrente diminuiu 400 mil euros e investimento cresceu 57%

A Câmara Municipal de Caminha aprovou a 15 de abril o documento de prestação de contas do exercício de 2018, que aponta para níveis de execução da receita e da despesa superiores a 70 por cento. Embora o resultado líquido, negativo, reflita ainda a situação de desequilíbrio estrutural, registou-se uma melhoria face a 2017, sendo também de salientar um aumento do investimento, que superou os 4,7 milhões de euros, com obras já concluídas e em execução, de grande importância para o desenvolvimento do concelho e bem-estar da população, e o sucesso do concelho na área do Turismo.

O documento, aprovado com os votos da maioria, foi submetido à Assembleia Municipal, que decorreu a 26 de abril. Apesar do resultado líquido ser negativo em cerca de 1,5 milhões de euros, regista-se uma melhoria face a 2017, com um decréscimo deste parâmetro em 27%.

Por outro lado, o investimento aumentou em 1,7 milhões de euros no mesmo período, com uma subida de 57%. De realçar que o investimento nas freguesias foi o maior dos últimos 10 anos, cifrando-se em cerca de 720 mil euros, valor a que ainda acrescem várias obras, de alguma envergadura, realizadas diretamente pela Câmara, de que são exemplos, entre outros, as intervenções no Lugar da Rocha (Vila Praia de Âncora) ou na Rua da Urraca (Vilarelho). A despesa corrente, por outro lado, diminuiu 400 mil euros.

Opção por obras estruturais

O exercício ficou marcado por obras estruturais de saneamento, com destaque para as freguesias de Âncora, Argela e Vilar de Mouros, estas duas últimas com carências estruturais, nunca tendo sido objeto, antes, de grandes investimentos nestas infraestruturas.
Concluíram-se também o Cais da Rua (Caminha), a primeira intervenção de fundo na marginal do concelho, em mais de três décadas que veio, finalmente, dar resposta aos anseios da classe piscatória; e o Passeio dr. Francisco Sampaio (que liga Vila Praia de Âncora e Âncora por uma belíssima ecovia): Realizaram-se trabalhos de limpeza na floresta que custaram mais de 400 mil euros e alargou-se a rede de fibra ótica. Na área urbanística, o exercício ficou marcado pela vigorosa e ampla intervenção na zona da Sandia, em Vila Praia de Âncora e pela preparação de todo o processo de requalificação do Centro Histórico de Caminha, que já entrou em fase de obra.
Conforme explicou o presidente, no ano de 2018, o executivo camarário deu continuidade a uma politica de investimento na economia e nas pessoas, concretizando políticas de curto prazo – sobretudo no desenvolvimento de setores como o Turismo, fator primordial de criação de emprego, a Cultura e o Desporto, apostas para a sustentação da cidadania mas, também, da atratividade, a Proteção Civil como exigência de segurança pessoal e comunitária e a Solidariedade.

Sucesso no Turismo marcou 2018

Os resultados mais relevantes são os verificados ao nível do Turismo. “Neste contexto, os números que conhecemos em 2018 são absolutamente paradigmáticos. De acordo com o Anuário Estatístico da Região Norte para 2017, publicado no final de 2018 pelo Instituto Nacional de Estatística (INE), o concelho de Caminha teve 43.694 hóspedes alojados nos diversos estabelecimentos hoteleiros e de alojamento local do seu território, crescendo 13,7% relativamente ao ano anterior. O mesmo sucedeu com o número de dormidas, que cresceu 13,4%, tendo sido registadas 84.052, o segundo maior valor do Alto Minho e o maior de sempre no concelho de Caminha”, recorda Miguel Alves.

“O número recorde publicados pelo INE vêm comprovar o acerto da aposta do concelho na indústria do Turismo, uma das maiores do mundo que tem, também na nossa terra, uma forte influência na criação de riqueza e no fomento do emprego. Importa, neste fórum, destacar duas vertentes menos visíveis destes valores: em primeiro lugar, o facto desta tendência de crescimento se vir mantendo desde 2013 deste sector ter estagnado e, em alguns casos, regredido, em anos anteriores; em segundo lugar, a espetacular subida do número de hóspedes nos últimos cinco anos (87,7%) e a impressionante subida dos proveitos desta indústria no mesmo período (112%)”, conclui o presidente, que felicita os agentes económicos.