PROGRAMA NACIONAL DE SAÚDE (PNV) ESTÁ DE PARABÉNS!
A Direção-Geral da Saúde (DGS) comemorou no passado dia 4 de outubro de 2019, 54 anos do Programa Nacional de Vacinação (PNV).
Criado em 1965, visa potenciar a imunização do maior número de pessoas através de vacinas adequadas de forma a mais precoce e duradoura possível. Além de promover a proteção individual, é uma ferramenta essencial e fundamental da Saúde Pública.
Segundo a Direção-Geral da Saúde (DGS), a seleção das vacinas que integram o PNV é baseada na epidemiologia das patologias, na evidência científica do seu impacto, disponibilidade do mercado e relação custo-efetividade.
Num mundo de desafios e riscos globais, é imperativo manter a atenção sobre as doenças evitáveis pelo PNV, com o fim de manter o nível de controlo já atingido e eliminando cada vez mais infeções.
As vacinas permitem salvar mais vidas e prevenir mais casos de doença do que a maioria dos tratamentos médicos. A expressão “é melhor prevenir do que remediar” aplica‐se totalmente à vacinação, estando provado que, para as vacinas incluídas no PNV, o que se poupa em mortes prematuras, internamentos hospitalares, consultas/visitas médicas e tempo sem trabalhar/aprender por doença ou por assistência à família ultrapassa largamente os custos da vacinação de toda a população abrangida.
As vacinas atuam sobre o sistema imunitário para estimularem a produção de anticorpos contra um determinado agente infecioso, evitando que a pessoa vacinada venha a ter essa doença quando entra em contacto com aquele microrganismo. As vacinas reduzem as possibilidades de contágio de algumas patologias e, em alguns casos, como a varíola, na sua erradicação.
A vacinação é um direito e um dever dos cidadãos que devem participar ativamente na decisão de se vacinarem, com a consciência de que estão a defender a sua saúde, a saúde pública e a praticar um ato de cidadania.
A DGS promove a cobertura universal do PNV, e a vacinação nas idades recomendadas, investindo na consolidação da vacinação sem barreiras, aproveitando todas as oportunidades para vacinar, criando novas oportunidades para que todos os cidadãos fiquem imunizados e protegidos.
O PNV tem o objetivo de otimizar a proteção de toda a população. O esquema aprovado pressupõe que a toma seja realizada na idade mais adequada e o mais precocemente possível. De acordo com as últimas atualizações, segue o esquema seguinte:
- Nascimento – Hepatite B (1ª dose);
- 2 meses – Hepatite B (2ª dose); Haemophilus influenzae b (1ª dose); Difteria (1ª dose), tétano (1ª dose) e tosse convulsa (1ª dose); Poliomielite (1ª dose); Streptococcus pneumoniae (1ª dose);
- 4 meses – Haemophilus influenzae b (2ª dose); Difteria, tétano, tosse convulsa (2ª dose); Poliomielite (2ª dose); Streptococcus pneumoniae (2ª dose);
- 6 meses – Hepatite B (3ª dose); Haemophilus influenzae b (3ª dose); Difteria, tétano, tosse convulsa (3ª dose); Poliomielite (3ª dose);
- 12 meses – Streptococcus pneumoniae (3ª dose); Neisseria meningitidis C (1ª dose); Sarampo, parotidite epidérmica, rubéola (1ª dose);
- 18 meses – Haemophilus influenzae b (4ª dose); Difteria, tétano, tosse convulsa (4ª dose); Poliomielite (4ª dose);
- 5 anos – Difteria, tétano, tosse convulsa (5ª dose); Poliomielite (5ª dose); Sarampo, parotidite epidérmica, rubéola (2ª dose);
- 10 anos – Vírus papiloma humano (só para as meninas); Tétano e difteria;
- 25, 45, 65, depois, intervalos de 10 em 10 anos. A partir dos 65 anos recomenda-se a vacinação a todas as pessoas que tenham feito a última dose de Tétano e Difteria há 10 ou mais anos, sendo que as seguintes doses serão administradas de 10 em 10 anos;
- Grávidas – Independentemente da idade, entre as 20 e as 36 semanas de gestação, são vacinadas contra a difteria, tétano e tosse convulsa, uma dose por gravidez.
Ainda que não façam parte do PNV, existem outras vacinas recomendadas pelos profissionais de saúde e cuja administração é sempre sujeita à opinião dos pais ou educadores.
Para além das vacinas do PNV está recomendada a vacinação anual contra a gripe a determinados grupos de risco, como sejam as pessoas a partir dos 65 anos.
Os portugueses são os europeus que mais confiam nas vacinas. Segundo um estudo da Comissão Europeia de 2018 (State of Vaccine Confidence in the EU, 2018), Portugal tem a proporção mais elevada (mais de 95%) de pessoas que acreditam na segurança, efetividade e importância das vacinas.
Os portugueses estão de parabéns por continuamente confiarem nas vacinas que integram este Programa. Os excelentes resultados alcançados pelo PNV devem-se ao empenho e dedicação dos profissionais de saúde, e à confiança que os cidadãos continuam a depositar no Programa.
A Direção-Geral da Saúde recomenda que verifique o Boletim de Vacinas, que já está disponível na área do cidadão em sns.gov.pt e na App Mysns.
Assim, não é demais lembrar que as Vacinas Salvam Vidas. Não arrisque,” Vacine-se a si e aos seus filhos”.
Sandra Fernandes
Enfermeira Especialista em Enfermagem de Saúde Comunitária
Foto: boaconsulta.com