Testemunho de Gratidão

Opinião de Diamantino Bártolo
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O dia seis de agosto de 2011, foi um dia muito especial para mim. Este dia determinou um novo rumo para a minha vida, porque introduziu elementos novos, nunca vividos e que vieram interiorizar, em mim, uma diferente postura, sempre para o bem, para o meu aperfeiçoamento, no domínio dos princípios, valores, sentimentos e emoções. Foi, de facto, um dia muito particular, único na minha vida, considerando o contexto em que ele foi vivenciado. Tratou-se do lançamento do meu primeiro livro, que tem o título: «O Desafio de Viver em Sociedade»

O novo ciclo que ao autor destas singelas “Meditações” se lhe oferece, apresenta-se como uma oportunidade para dar o seu contributo, precisamente no sentido de que todos juntos possamos viver em harmonia, com solidariedade, amizade, lealdade, humildade e gratidão, por tudo quanto por nós tem sido dito e feito, porque, em boa verdade, quero acreditar que: “cada pessoa é aquilo que ela quiser ser” e, se assim for, todos quereremos ser bons, em todas as nossas intervenções, nesta sociedade difícil, em que hoje vivemos.

É tempo, portanto, de deixar aqui, publicamente, sem anonimatos, nem reservas mentais, e muito menos vergonha, o meu testemunho de gratidão para com todas as pessoas que, ao longo da minha vivência, me têm ajudado, em diferentes momentos e circunstâncias, desta já madura existência, bem como da vida da minha família: seja com bens materiais; seja através da palavra amiga e sincera; seja, também, pela compreensão das minhas posições em diversos contextos.

Nesta breve resenha de agradecimentos, não vou privilegiar qualquer hierarquia axiológica, nem individualidades ou instituições, concretas. Felizmente, são tantas e tão boas as referências que me têm sido feitas, que não posso deixar de me sentir satisfatoriamente realizado (e não é vaidade, mas o prazer de deveres cumpridos e reconhecidos), um grande contentamento por constatar que, afinal, vale a pena sermos trabalhadores, dedicados, verdadeiros, humildes, serenos e, acima de tudo, educados: mesmo com os nossos defeitos e virtudes, porque estas duas dimensões existem em todos nós. Ninguém é perfeito, e quem se julgar que o é, provavelmente, será o mais imperfeito.

Das muitas atividades desenvolvidas ao longo da minha vida: familiares, militares, profissionais, académicas, literárias, autárquicas, paroquiais, políticas e religiosas, em todas elas tive sempre o grato privilégio de ser reconhecido pelo trabalho desenvolvido e por isso, deixarei estas breves referências, muito genéricas, para, em local e tempo apropriados, ter a possibilidade de reiterar a minha profunda gratidão, porque nunca é excessivo agradecermos a quem nos faz bem, a quem nos ajuíza com avaliações generosas, contudo, creio, justas, sem bajulações, com as críticas construtivas para nosso bem e, portanto, totalmente sinceras.

Eu começo já por pedir indulgência a imensas pessoas que, ao longo da minha vida, tiveram muitas oportunidades para me avaliarem, para me criticarem, para me corrigirem, para me darem bons conselhos, para me ensinarem e também para me ajudarem. Sempre necessitei de toda a gente, e com todas as pessoas procurei conviver, o melhor que sabia e podia, porém, continuamente, com Verdade, Lealdade e Humildade e, Graças a Deus, não estou arrependido.

Felizmente são tantas as pessoas a quem devo Gratidão que, enumerá-las, tornaria estas breves meditações, extremamente exaustivas, contudo, elas sabem quem são, onde estão e o que por mim sentem, especialmente, neste período muito delicado. Não estou a cometer nenhuma injustiça, porque elas estão no meu coração, para sempre, porque quem realmente me quer bem, estará comigo aqui e numa outra vida, que acredito exista, para aí, finalmente, descansarmos em paz, sem as turbulências das imperfeições humanas e na Graça e Deus.

Eu tenho a consciência de que muitas pessoas, não só individualmente consideradas, mas como responsáveis por quaisquer instituições, também estão no meu coração, que lhes estou eternamente grato, igualmente pelo muito que me consideraram, me compreenderam e me ajudaram. Sem a atitude benevolente, tolerante e compreensiva dessas pessoas, eu hoje não teria a tranquilidade de espírito que usufruo, com e na Graça de Deus.

Nesta fase, pretendo apenas deixar a ideia de que não me esqueço de quem me faz bem. Talvez, um dia, se Deus me der saúde e capacidade intelectual, eu ainda possa escrever mais algumas linhas para selar, em definitivo e objetivamente, a minha gratidão para com todas as pessoas e instituições que, tenciono levar comigo no meu espírito, para Onde Deus me levar.

Quero aproveitar esta oportunidade, única, para manifestar a minha imensa gratidão, a dezenas de pessoas, que a mim se dirigem com manifestações de solidariedade, amizade, lealdade e confiança, sempre que um insucesso me “bate à porta”, e, naturalmente, uma palavra muito especial para quem, sem nunca desfalecer, sempre tem estado do meu lado, e continua a acarinhar-me. Graças a Deus, sei que posso continuar a contar com essas pessoas maravilhosas,

Considerando, portanto, o inestimável apoio, fornecido através de gestos, atos, comportamentos, palavras, princípios, valores e sentimentos, que ao longo destas décadas da minha vida, me foram sendo revelados, por quem desejou ser realmente, sem hesitações, nem ambiguidades, minha/meu amiga/o, de verdade, com total solidariedade, amizade incondicional, lealdade inequívoca, inteira confiança e inquebrantável cumplicidade, que comigo e com quem me quer bem, manteve uma sadia e, inclusive, respeitosa intimidade e conivência, fica aqui, para todo o sempre, o “grito” bem alto e sincero do testemunho da minha gratidão.

Obviamente e para concluir esta primeira manifestação dos meus sentimentos de gratidão, não posso ignorar: quer por dever ético-literário; quer por relacionamento amigável; quer ainda por coesão profissional, no âmbito da escrita, companheirismo e solidariedade pessoal, o apoio que me tem sido dado, pelas respetivas direções dos jornais, revistas e editoras, na publicação das minhas reflexões e livros, ao longo das últimas décadas.

Nestas meditações que antecedem uma mais que provável “partida”, como todo o ser humano está sujeito, quero deixar um pedido: as pessoas para com as quais eu tenho sido solidário, amigo, leal, benfeitor; àquelas que ao longo da minha vida eu tenho ajudado, apoiado, defendido, em todas as circunstâncias e incondicionalmente, rogo-lhes que respeitem, quando chegar esse tempo, a minha memória, que saibam honrar os princípios, valores e sentimentos, que por elas sempre demonstrei e me bati.

Finalmente, penso que poderei afirmar: Graças a Deus, o saldo da minha vida, considero-o positivo, porque pratiquei muitas e boas ações (também algumas menos boas, como toda a gente) e, intencional, premeditada e malevolamente, nunca prejudiquei quem quer que fosse. Obrigado meu Deus por teres iluminado o meu caminho e protegido a minha família e amigos verdadeiros.