Atividade económica do concelho de Caminha resiste e emprego volta a subir

Dados do IEFP indicam que número de desempregados diminuiu no mês de junho, alterando uma tendência de subida que se registava desde o início da pandemia
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De acordo com os dados oficiais do mês de junho divulgados pelo Instituto de Emprego e Formação Profissional (IEFP), o número de desempregados no concelho de Caminha voltou a diminuir no mês de junho, face ao mês anterior, invertendo-se uma tendência de crescimento do desemprego que se vinha verificando desde o início da pandemia. De fevereiro a maio deste ano, o número de desempregados inscritos no IEFP subiu 57% mas, pela primeira vez este ano, de maio para junho, o número de desempregados no concelho de Caminha diminuiu cifrando-se, neste momento, em 463 registos.

O número é bastante superior ao verificado no mesmo mês do ano passado (havia 294 desempregados no concelho) mas reflete já o movimento de retoma económica iniciado em finais de maio, princípios de junho, o esforço das empresas e do comércio local e as campanhas de promoção efetuadas pelo Município de Caminha. Para Miguel Alves, presidente da Câmara Municipal de Caminha “nunca há números bons quando falamos de pessoas desempregadas, mas é justo assinalar o facto de estarmos a inverter a tendência de crescimento do desemprego no concelho de Caminha, graças ao trabalho que vem sendo feito pela população, as empresas e as instituições para fazermos de Caminha um destino de confiança”. O autarca acrescenta que “todo o trabalho que fizemos de controlo da pandemia e todo o empenho que colocamos na promoção do concelho como um destino seguro, divulgando o que temos para oferecer e preparando as nossas infraestruturas, começam agora a ter resultados no emprego e na economia”.

O autarca lamenta o impacto da pandemia na economia do concelho, depois de 6 anos a aumentar radicalmente o número de turistas e de proveitos e está confiante que o verão possa ajudar a mitigar alguns efeitos económicos da situação. No entanto, deixa o alerta “se acharmos que está tudo resolvido, que não há vírus, que devemos agir como sempre fazemos, cometemos um erro que pode por a nossa saúde e a nossa economia em risco. Se acharmos que é a Câmara e a GNR que têm que resolver tudo, que os empresários e as pessoas não têm um papel fundamental no comportamento cívico que salva vidas, estamos a ir pelo pior caminho. A saúde de todos e a economia do concelho, depende do comportamento que individualmente quisermos assumir. Este é um desafio global que depende da responsabilidade individual de cada um”.