Socialistas do Alto Minho estiveram reunidos em Ponte de Lima a debater proposta de Orçamento de Estado apresentada pelo Governo.
O Presidente do Grupo Parlamentar do Partido Socialista na Assembleia da República, Eurico Brilhante Dias, foi o convidado da Federação do PS do Alto Minho para debater, em plenário de militantes, as linhas gerais do Orçamento de Estado para 2023 apresentado pelo Governo de António Costa. Numa sessão realizada em Ponte de Lima e onde estiveram presentes sete dezenas de pessoas, coube ao novo Presidente da Concelhia do PS limiano, Acácio Lopes Fernandes, dar as boas vindas e salientar a importância que o próximo Orçamento tem num contexto histórico e económico tão difícil como o que vivemos.
Miguel Alves, Presidente da Federação do PS e atual Secretário de Estado Adjunto do Primeiro-ministro, tomou a palavra para salientar como em tempos de incerteza é fundamental apresentar medidas que garantam estabilidade, segurança e previsibilidade. Destacou a proteção dos rendimentos das famílias e as várias medidas de suporte às empresas como a prova de um Orçamento equilibrado, que conjuga a atenção à conjuntura com o trabalho para o futuro.
Foi Brilhante Dias quem fez a apresentação mais detalhada do Orçamento de Estado, provando que o Governo defende uma política de preservação dos salários e das pensões, destacando a subida acima da inflação das prestações mais baixas e explicando que também os rendimentos intermédios são protegidos. Para o deputado socialista, “os rendimentos das famílias no próximo ano não beneficiam, apenas, da subida de salários acima dos 5%, também aproveitam do ajuste dos escalões do IRS que vai permitir pagar menos impostos e de políticas ativas de proteção de rendimentos que vão impedir a subida de rendas acima dos 2%, o congelamento do preço dos passes sociais, o incremento do abono de família, a gratuitidade das creches e outras várias medidas que vão ao encontro das dificuldades do dia-a-dia das pessoas”.
Da mesma forma, o líder parlamentar do PS destacou várias propostas que protegem as empresas e sublinhou o rigor nas contas certas que vai permitir acautelar o incremento das dificuldades, se acontecerem, é o futuro da economia portuguesa – prevemos crescer e convergir com a União em 2023, queremos baixar o défice para 0,9% e a dívida pública para perto dos 110%. O PSD agora é contra as contas certas, contra a diminuição da dívida é contra os acordos de rendimentos. É estranho mas é coerente porque quando estiveram no Governo nunca apresentaram contas certas e tenham horror ao diálogo. Sim, há diferenças entre o PS e a nossa Direita e são bem vincadas” rematou o deputado.
A sessão prolongou-se por duas horas com as perguntas dos militantes e os esclarecimentos do líder parlamentar. Na sessão de Ponte de Lima, para além dos deputados Tiago Brandão Rodrigues, Anabela Rodrigues e Dora Brandão, também esteve presente o Secretário de Estado do Mar, José Maria Costa, e os Presidentes de Câmara de Viana do Castelo e Paredes de Coura.