Travessia de ferryboat suspensa por tempo indeterminado
A Câmara Municipal de Caminha decidiu manter a suspensão da travessia em ferryboat para A Guarda por tempo indeterminado, tendo comunicado essa opção ao Alcalde da localidade galega. A prioridade dada ao combate à pandemia e aos seus efeitos, obrigou o Município a mobilizar grande parte dos trabalhadores afetos ao ferryboat para o transporte escolar, o transporte de pessoas para o Centro de Vacinação e a limpeza de viaturas e equipamentos, tarefas que a Câmara Municipal não quer colocar em risco e, das quais, não abdica.
Não sendo possível efetuar a viagem entre fronteiras sem grande parte dos tripulantes de embarcação, a autarquia optou por priorizar o serviço direto aos munícipes dando continuidade ao trabalho de mitigação dos efeitos da COVID 19 no concelho de Caminha. Para o Presidente da Câmara Municipal, Miguel Alves, “não é de bom grado que abdicamos de fazer a travessia do ferry num momento em que a economia está a abrir e os turistas começam a chegar ao concelho em grande número mas o meu foco, o meu dever e a minha prioridade é combater a pandemia e encontrar soluções para que os nossos alunos possam ter acesso às refeições e para que as pessoas com dificuldades possam ser transportadas até ao Centro de Vacinação Comunitária de Seixas. Não podendo ter as duas situações ativas, opto pela saúde dos meus munícipes”.
Neste momento, os trabalhadores do ferryboat que prestam serviço noutras áreas de ação municipal são 5 e dividem-se pelo serviço de distribuição de alimentos pelos diversos estabelecimentos de ensino e pelas famílias carenciadas, o transporte de jovens portadores de deficiências para as instituições sitas fora do concelho, o transporte de munícipes para o Centro de Vacinação, a vigilância no transporte escolar e a limpeza e desinfeção de viaturas. O Município está a monitorizar esta situação de modo a reavaliar a situação no término do presente ano letivo.