“Alexandre Vieira (1884-1973) De Viana a Caminha” uma obra sobre a história de Caminha e da região

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Em dia de aniversário, o jornal Caminh@2000 apresentou um novo livro, numa parceria com o professor e historiador Paulo Torres Bento, autor desta edição e de mais cinco obras, editadas também pelo jornal digital. Com o título “Alexandre Vieira (1884-1973) De Viana a Caminha. Um tipógrafo, jornalista operário e sindicalista revolucionário com o Alto Minho no coração”, o jornal continua a “escrever” a história do concelho de Caminha e da região. O lançamento, na Biblioteca Municipal de Caminha, contou com a presença do Presidente da Câmara Municipal de Caminha, Rui Lages, o Vereador da Cultura, João Pinto e o Presidente da Assembleia Municipal de Caminha, Manuel Luís Martins.

O jornal Caminh@2000 resolveu “inverter” a tradição e foi ele a presentear a comunidade e a contribuir, com o autor, para o enriquecimento do conhecimento. Este é o sexto livro com a autoria de Paulo Torres Bento, e resulta de uma investigação desenvolvida pelo autor. A ocasião escolhida para o lançamento da nova obra foi o 22º aniversário da fundação do Jornal Digital Caminh@2000, ontem, sexta-feira. Apesar da tarde chuvosa, a sala da Biblioteca Municipal de Caminha encheu-se para ouvir falar de uma personagem que marcou a história da região e cuja vida e ação são agora partilhadas através destas páginas.

Para o diretor do jornal Caminh@2000, Luís Almeida, estas iniciativas comprovam a harmonia entre o jornalismo digital e o jornal tradicional, “evidenciado mais uma vez que o jornalismo digital não é incompatível com as impressões em papel”. Ao contrário, sustenta, “ambos se complementam num trabalho vocacionado para a região que se tornou na razão de ser deste projeto editorial”.

“Cemitérios de Caminha – Fragmentos de memória”, de Lurdes Carreira; “Há estórias de casas e casas com história – Externato de Santa Rita de Caminha”, de Rita Bouça; “República em Tumulto”, de Paulo Torres Bento; “História Nossa – Crónicas de Tempos Passados por Terras de Caminha e Âncora”, de Paulo Torres Bento; “Do Coura se fez luz – Hidroeletricidade, iluminação pública e política no Alto Minho (1906-1960)”, de Paulo Torres Bento; “Da Monarquia à República no Concelho de Caminha – Crónica Política (1906 – 1913)”, de Paulo Torres Bento; “O Estado Novo e outros sonetos políticos satíricos do poeta caminhense Júlio Baptista (1882 – 1961)”, com organização e estudo biográfico do autor por Paulo Torres Bento; “Rota dos Lagares de Azeite do Rio Âncora”, de Joaquim Vasconcelos, e “Memórias da Serra d’Arga”, de Domingos Cerejeira, são os outros nove títulos com edição do jornal Caminh@2000.

“Alexandre Vieira (1884-1973) De Viana a Caminha. Um tipógrafo, jornalista operário e sindicalista revolucionário com o Alto Minho no coração” conta a história de “um dos grandes nomes do sindicalismo revolucionário português da primeira metade do século XX, dos tempos pioneiros nos finais da Monarquia à oposição ao Estado Novo, passando pelos anos conturbados da Primeira República. Fundador e diretor de jornais tão importantes como A Greve, O Sindicalista, O Movimento Operário e A Batalha, passou pelas prisões por mais de uma ocasião e participou na criação da União Operária Nacional (1914) e da Confederação Geral do Trabalho (1919)”.

Quanto ao autor, importa dizer que Paulo Torres Bento é licenciado em História pela Universidade do Porto e Mestre em Educação pela Universidade do Minho. É professor de História e bibliotecário na Escola Básica e Secundária de Caminha. Tem-se dedicado à investigação sobre a história do concelho de Caminha e do Alto Minho, tendo publicado diversas obras.