A28 – PORTAGENS COM DESCONTO A PARTIR DE JULHO. CORTES PODEM CHEGAR AOS 40%

Sete autoestradas nacionais vão cobrar menos portagens se forem utilizadas mais de oito vezes por mês. Medida custa mais de 100 milhões ao Estado.
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Andar em sete autoestradas portuguesas vai ficar mais barato a partir de julho. Vai haver descontos até 40% nas antigas SCUT (autoestradas sem custos para o utilizador) para os utilizadores mais frequentes destas vias. A medida faz parte do pacote de propostas para o Interior, que serão aprovadas na quinta-feira em Conselho de Ministros. A redução nas portagens vai custar mais de 100 milhões de euros ao Estado.

Os descontos vão ser aplicados nas autoestradas A4 (Porto-Vila Real), A24 (Viseu-Chaves e Viseu-Vila Real), A28 (Porto-Viana), A25 (Aveiro-Viseu), A23 (Castelo Branco-Covilhã), A13 (Coimbra-Torres Novas) e A22 (Lagos-Vila Real de Santo António), adiantam esta quarta-feira o Jornal de Notícias, RTP e Rádio Renascença com base em informação do Ministério da Coesão Territorial.

Os descontos nas classes 1 e 2 vão variar conforme a utilização mensal: nos primeiros seis dias, é pago o valor integral das portagens; entre o 7.º e o 15.º dia, o desconto é de 20%; a partir do 16.º dia, a redução é de 40%. Quem utilizar a autoestrada 22 dias por mês tem um desconto médio de 20%; quem circular 30 dias por mês tem um desconto médio de 25%, beneficiando os residentes, trabalhadores e visitantes frequentes destes locais.

Também haverá um novo sistema de descontos para pesados, com o transporte de passageiros a beneficiar da redução já aplicada às mercadorias: 35% se a viagem for de dia; 55% se a deslocação for de noite. Até julho, os descontos para as mercadorias serão de 30% e de 50%, respetivamente. Para aproveitar este benefício bastará ter um identificador eletrónico, em vez de uma certificação do IMT – Instituto da Mobilidade dos Transportes.

Em declarações à Rádio Renascença, a ministra Ana Abrunhosa admite que os descontos possam vir a aumentar nos próximos anos. “Para que esta medida seja sustentável, nós temos que ir reduzindo gradualmente. A nossa proposta é, no futuro, à medida que o nosso orçamento do Estado consiga acolher, que consigamos trabalhar nesta redução para garantirmos que, de facto, as pessoas têm melhor qualidade de vida neste territórios e estamos naturalmente a privilegiar os territórios do interior, como está no programa do Governo e como ficou inscrito no Orçamento do Estado”.

Fonte: Diario de Noticias