Juízos Preconcebidos

Opinião de Mauro Falcão
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O racismo é um problema que ainda persiste na sociedade e se manifesta frequentemente. As pessoas, muitas vezes são alvo de preconceito e discriminação. No entanto, racismo e preconceito apesar de estarem relacionados se diferem. 

Muitas vezes, lançamos um olhar estatístico nas pessoas que acabam sendo vistas como um número ou como poderão proporcionar um ganho financeiro. Isso ocorre regularmente, sobretudo nos negócios. Essa relação de fatos e números possibilita uma análise interpretativa. 

Historicamente, as pessoas de pele escura são discriminadas e por consequência recebem menos oportunidades, aumentando as estatísticas das comunidades pobres.  

Forma-se assim, um ciclo social e “juízos preconcebidos”. A conquista de atenção fica fragilizada. Uma total desconsideração de valores, isso é o que chamamos de PRECONCEITO. 

Infelizmente, a ascensão destas pessoas humildes estabelece um desagrado na classe privilegiada que desenvolvem uma antipatia, negando que aquelas possam ser reconhecidas por suas qualidades. Gritam de forma contundente, acreditando que são superiores e que irão depreciar pelo bramido. Isso é o que chamamos de RACISMO.  

Estar inserido na coletividade das redes sociais e dos estádios, faz emergir o racista, pois o que não teria coragem de praticar isoladamente consegue fazer protegido pela ideia de não ser identificado. Veja que preconceito e racismo, mesmo que associados são diferentes. O primeiro é intelectual, um juízo equivocado de valor com objetivo material, geralmente sem ódio. Já o segundo é bem mais grave, uma exteriorização raivosa diante daqueles que julgam devessem estar em posição inferior e não deveriam ser mais bem sucedidos, uma inveja diante do que estão promovendo.  

Lamentavelmente esta foi e é a história dos homens, enquanto não compreenderem sua natureza espiritual e que o ódio é um fluído que envenena a alma, não enxergaremos horizontes morais.  

Assim, não devemos medir esforços na luta pela igualdade social. Será promovendo a educação para todos, indiferente da condição social que mudaremos as estatísticas, podendo assim eliminar juízos preconcebidos.  

Porém com relação ao racismo, a mudança não será externa, mas pessoal, uma batalha íntima contra si mesmo, longa e dolorosa.  

“… quem não ama seu irmão, a quem vê, não pode amar a Deus, a quem não vê”. 1 João 4:20 

Mauro Falcão