Câmara e pescadores unidos na posição sobre plano de afetação para as energias renováveis
A Câmara Municipal de Caminha e os pescadores do concelho estão unidos numa posição única relativamente ao “Plano de Afetação para as Energias Renováveis Offshore – PAER”. Em diálogo e com grande sentido de responsabilidade, valorizando também a importância da descarbonização, foi possível chegar a um documento de consenso, subscrito pela Câmara e pelas duas associações de pescadores, Caminha e Vila Praia de Âncora.
Decorreu até 13 de dezembro o período de consulta pública para o denominado “Plano de Afetação para Energias Renováveis Offshore – PAER”. A Câmara Municipal de Caminha em conjunto com a Associação de Profissionais de Pesca do Rio Minho e do Mar e a Associação de Pescadores Profissionais e Desportivos de Vila Praia de Âncora pronunciaram-se formalmente, por diversas vezes, sobre o teor dos documentos iniciais deste processo, no âmbito da Comissão de Acompanhamento criada pelo Governo para o efeito.
O Presidente da Câmara, Rui Lages sublinhou que “todas as partes reconhecem a importância da transição para uma economia menos dependente do carbono, mais resiliente, mais competitiva e mais saudável, mas que não pode acontecer a todo o custo, castigando os territórios de forma severa e condenando ou pondo em causa atividades imprescindíveis para a vida e para a economia desses próprios territórios, como é o caso da pesca”.
De facto, desde o início da discussão, desde a “versão zero” do projeto, a Câmara em conjunto com as duas associações de pescadores foram-se sempre pronunciando e melhorando o polígono inicialmente projetado. A Câmara acredita nesta forma de trabalhar, em diálogo e articulação, e sempre esteve ciente de que o trabalho conjunto entre o Município e as duas associações de pescadores permitiria enriquecer a posição final, como aconteceu.